Melodia - Gosto Pessoal
postado por Carlos A Correia em 6/20/2011
Um leitor do meu blog me perguntou sobre melodia. Ao invés de respondê-lo por e-mail, resolvi colocar aqui a minha resposta, pois acredito que ajudará vários compositores principiantes.
Eis minha resposta:
Melodia é algo que não podemos discutir e nem avaliar se é boa ou ruim. É gosto pessoal mesmo!!!!
Quando componho, não penso em algo só para mim ou utilizar técnicas que somente outros compositores entenderão ou apreciarão.
Eu também me preocupo com os ouvintes. Eu sempre penso em algo que irá agradar aos ouvintes.
Mas aprenda uma coisa:
1) Nunca vamos agradar a todos;
2) Para agradar o máximo possível, devemos fazer diversos tipos de música, diversos tipos de melodias, em diversas formas, etc..., e quanto mais compormos mais chance teremos de abranger o maior número de pessoas. E mesmo assim não agradaremos a todos;
3) O processo de criar e compor uma música tem que ser um processo divertido para nós. Não adianta fazer algo que não gostamos. O gosto pessoal sempre tem que influenciar a música composta;
4) O compositor tem que evoluir. Não podemos ficar preso a uma única estrutura, a um único tipo de música, forma, etc... Evolução Sempre!!!!
5) Compor é uma mistura de sensibilidade, criatividade, e técnicas para dar forma a nossa imaginação. Portanto, aprender as técnicas é essencial para a nossa aprimoração e, consequentemente, influenciar nossas músicas;
6) Se ainda não temos condições suficientes de criar algo novo, a minha sugestão é imitar sem plagiar. Além de pegar uma boa bagagem, você aprenderá um bocado, pois será obrigado a fazer análises e mais análises sobre um artista ou um estilo de seu interesse;
7) Criar algo novo nem sempre é o melhor caminho, nem para você e nem para sua composição. Nem sempre o que é “novo” é BOM;
8) Às vezes o que você compõe hoje não vai te agradar no futuro. Isso se deve a um amadurecimento sobre nossas ideias e nossas percepções, que mudam constantemente ao longo do tempo e ao longo de várias audições e análises;
9) Conheça o máximo de composições de outros compositores. Não os compare, pois além de injusto é contraproducente. Cada compositor viveu em uma época diferente, com exigências diferentes, assimilações diferentes, práticas diferentes, instrumentações diferentes, públicos diferentes, e, principalmente, intenções diferentes. Não os compare pelo gosto, mas assimile o que eles utilizaram à sua época: quais as soluções que eles deram?
10) Aceite o fato de aprender teoria e técnica. Não aceite a frase: “eu componho de ouvido”. Se alguém lhe disser isso replique-o: “eu componho de ouvido e com o cérebro!”;
11) Todos os compositores mais célebres (TODOS) estudaram técnicas de composição, harmonia, etc... Eu mesmo demorei para perceber isso e caí no erro anterior;
12) Procure a ajuda de uma pessoa mais experiente e que saiba as técnicas. Estudar sozinho, como autodidata, só fará você evoluir até um certo ponto. Mas procure alguém que seja realmente sério e honesto com a música;
13) Como já dito, se você quer compor um tipo de música, não precisa se fechar a ela e não curtir ou escutar outros tipos de música. Eu curto quase todos os tipos de música. Já fui até metaleiro!
14) O que importa é a música, e não o que tem por trás dela: marketing, a canção (texto escrito), os executantes (conjunto, banda, orquestra, ...), o compositor, o clipe, etc... Dessa maneira você poderá curtir tanto uma música clássica quanto uma música Hip-Hop, ou um axé-music. O que importa é a qualidade da música dentro daquele estilo;
15) Saiba exatamente qual é a sua intenção ao compor uma música. De nada adianta achar que esta fazendo algo se o que você fizer esta completamente diferente! Por isso, mais uma vez, aprender harmonia, forma, orquestração, contra-ponto, técnicas de composição, análises, e tantas outras coisas, fará você saber se o que você fez está realmente de acordo com o que você se propôs!
Esses são apenas alguns pontos.
É claro que há muitos pontos e considerações a serem tomadas ao se criar uma melodia e seu acompanhamento.
É claro que o texto importa e também influencia nos elementos musicais a serem utilizados.
Uma letra "triste", geralmente, pede que o compositor escolha uma tonalidade menor, já que esta última evoca em nós seres humanos o sentimento de algo triste.
Mas se o compositor for sábio e conhecer tudo que esta ao seu alcance, poderá não ficar preso a uma tonalidade específica, mas poderá passear por regiões harmônicas mais ou tão interessantes que trarão riqueza a sua letra.
Até o subir e o descer de uma melodia pode ser influenciado pela letra... e vice-versa...
Se você quiser conhecer um pouco mais sobre esse assunto, acesse o link abaixo, onde mostro uma criação de uma melodia sobre uma determinada letra:
Eis minha resposta:
Melodia é algo que não podemos discutir e nem avaliar se é boa ou ruim. É gosto pessoal mesmo!!!!
Quando componho, não penso em algo só para mim ou utilizar técnicas que somente outros compositores entenderão ou apreciarão.
Eu também me preocupo com os ouvintes. Eu sempre penso em algo que irá agradar aos ouvintes.
Mas aprenda uma coisa:
1) Nunca vamos agradar a todos;
2) Para agradar o máximo possível, devemos fazer diversos tipos de música, diversos tipos de melodias, em diversas formas, etc..., e quanto mais compormos mais chance teremos de abranger o maior número de pessoas. E mesmo assim não agradaremos a todos;
3) O processo de criar e compor uma música tem que ser um processo divertido para nós. Não adianta fazer algo que não gostamos. O gosto pessoal sempre tem que influenciar a música composta;
4) O compositor tem que evoluir. Não podemos ficar preso a uma única estrutura, a um único tipo de música, forma, etc... Evolução Sempre!!!!
5) Compor é uma mistura de sensibilidade, criatividade, e técnicas para dar forma a nossa imaginação. Portanto, aprender as técnicas é essencial para a nossa aprimoração e, consequentemente, influenciar nossas músicas;
6) Se ainda não temos condições suficientes de criar algo novo, a minha sugestão é imitar sem plagiar. Além de pegar uma boa bagagem, você aprenderá um bocado, pois será obrigado a fazer análises e mais análises sobre um artista ou um estilo de seu interesse;
7) Criar algo novo nem sempre é o melhor caminho, nem para você e nem para sua composição. Nem sempre o que é “novo” é BOM;
8) Às vezes o que você compõe hoje não vai te agradar no futuro. Isso se deve a um amadurecimento sobre nossas ideias e nossas percepções, que mudam constantemente ao longo do tempo e ao longo de várias audições e análises;
9) Conheça o máximo de composições de outros compositores. Não os compare, pois além de injusto é contraproducente. Cada compositor viveu em uma época diferente, com exigências diferentes, assimilações diferentes, práticas diferentes, instrumentações diferentes, públicos diferentes, e, principalmente, intenções diferentes. Não os compare pelo gosto, mas assimile o que eles utilizaram à sua época: quais as soluções que eles deram?
10) Aceite o fato de aprender teoria e técnica. Não aceite a frase: “eu componho de ouvido”. Se alguém lhe disser isso replique-o: “eu componho de ouvido e com o cérebro!”;
11) Todos os compositores mais célebres (TODOS) estudaram técnicas de composição, harmonia, etc... Eu mesmo demorei para perceber isso e caí no erro anterior;
12) Procure a ajuda de uma pessoa mais experiente e que saiba as técnicas. Estudar sozinho, como autodidata, só fará você evoluir até um certo ponto. Mas procure alguém que seja realmente sério e honesto com a música;
13) Como já dito, se você quer compor um tipo de música, não precisa se fechar a ela e não curtir ou escutar outros tipos de música. Eu curto quase todos os tipos de música. Já fui até metaleiro!
14) O que importa é a música, e não o que tem por trás dela: marketing, a canção (texto escrito), os executantes (conjunto, banda, orquestra, ...), o compositor, o clipe, etc... Dessa maneira você poderá curtir tanto uma música clássica quanto uma música Hip-Hop, ou um axé-music. O que importa é a qualidade da música dentro daquele estilo;
15) Saiba exatamente qual é a sua intenção ao compor uma música. De nada adianta achar que esta fazendo algo se o que você fizer esta completamente diferente! Por isso, mais uma vez, aprender harmonia, forma, orquestração, contra-ponto, técnicas de composição, análises, e tantas outras coisas, fará você saber se o que você fez está realmente de acordo com o que você se propôs!
Esses são apenas alguns pontos.
É claro que há muitos pontos e considerações a serem tomadas ao se criar uma melodia e seu acompanhamento.
É claro que o texto importa e também influencia nos elementos musicais a serem utilizados.
Uma letra "triste", geralmente, pede que o compositor escolha uma tonalidade menor, já que esta última evoca em nós seres humanos o sentimento de algo triste.
Mas se o compositor for sábio e conhecer tudo que esta ao seu alcance, poderá não ficar preso a uma tonalidade específica, mas poderá passear por regiões harmônicas mais ou tão interessantes que trarão riqueza a sua letra.
Até o subir e o descer de uma melodia pode ser influenciado pela letra... e vice-versa...
Se você quiser conhecer um pouco mais sobre esse assunto, acesse o link abaixo, onde mostro uma criação de uma melodia sobre uma determinada letra:
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